Um pouco da história do sabão
As
referências mais antigas aos sabões remontam ao início da Era Cristã. 0 sábio
romano Plínio, o Velho T(Gaius Plinius Secundus, 23 ou 24-79 d.C), autor da célebre
História natural, menciona a preparação de sabão a partir do cozimento do sebo
de carneiro com cinzas de madeira. De acordo com sua descrição, o procedimento
envolve o tratamento repetido da pasta resultante com sal, até o produto final.
Segundo Plínio, os fenícios conheciam essa técnica desde 600 a.C. O médico
grego Galeno (130-200 d.C.), que fez carreira, fama e fortuna em Roma, também
descreve uma técnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e
cinzas, apontando sua utilidade como medicamento para a remoção da sujeira
corporal e de tecidos mortos da pele. O alquimista árabe Geber (Jabir Ibn
Hayyan), em escrito do século VIII da Era Cristã, também menciona o sabão como
agente de limpeza.
No
século XIII, a indústria de sabão foi introduzida na França, procedente da
Itália e da Alemanha. No século XIV, passou a se estabelecer na Inglaterra. Na
América do Norte o sabão era fabricado artesanalmente até o século XIX. A
partir daí surgem as primeiras fábricas. No Brasil, a indústria de sabões data
da segunda metade do século XIX.
Dois
grandes avanços químicos marcam a revolução na produção de sabões. Em 1791,
Nicolas Leblanc (1742-1806) concluiu o desenvolvimento do método de síntese de
barrilha (carbonato de sódio) a partir da salmoura (solução de cloreto de
sódio). Michel Eugène Chevreul (1786-1889), entre 1813 e 1823, esclareceu a
composição química das gorduras naturais. Assim, os fabricantes do século XIX
puderam ter uma ideia do processo químico envolvido, bem como dispor da matéria-prima
necessária
Saponificação
Uma vez que óleos e gorduras são ésteres, eles sofrem reação de hidrólise ácida ou básica. A hidrólise ácida produzirá simplesmente o glicerol e os ácidos graxos constituintes. Já a hidrólise básica produzirá o glicerol e os sais desses ácidos graxos. Pois bem, esses sais são o que chamamos de sabão.
Uma vez que óleos e gorduras são ésteres, eles sofrem reação de hidrólise ácida ou básica. A hidrólise ácida produzirá simplesmente o glicerol e os ácidos graxos constituintes. Já a hidrólise básica produzirá o glicerol e os sais desses ácidos graxos. Pois bem, esses sais são o que chamamos de sabão.
Assim,
aquecendo gordura em presença de uma base, realizamos uma reação química que
produz sabão. Essa reação, a hidrólise básica de um triéster de ácidos
graxos e glicerol, é chamada de saponificação.
óleo/gordura
+ base → glicerol + sabão
O uso
de KOH no lugar de NaOH permite obter sabões potássicos,
empregados, por exemplo, na fabricação de cremes de barbear.
Em
muitas localidades do Brasil é comum, ainda hoje, encontrar pessoas que fazem o
chamado sabão de cinza. Para fabricá-lo, deve-se ferver gordura
animal (banha de vaca, por exemplo) ou vegetal (gordura de coco, por exemplo)
junto com água de cinzas, também conhecida como lixívia. Após cerca
de duas horas de fervura, está pronto o sabão de cinza. Esse processo é o mesmo
usado em fábricas de sabão, sendo a cinza um substituto para o NaOH ou KOH. O
caráter básico da água de cinza se deve à presença de carbonato de potássio (K2CO3),
que reage com a água dando origem a íons OH–.
Impacto ambiental de sabões e
detergentes
Diariamente, sabões e detergentes usados nas residências atingem o
sistema de esgotos e acabam indo parar em rios e lagos. Lá, com o movimento das
águas, formam uma camada de espuma na superfície, que impede a entrada de
oxigênio, essencial para a vida dos peixes.
As aves aquáticas também são muito prejudicadas com a poluição da água
por sabões e detergentes. Elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e
boiam na água graças à camada de ar que fica presa debaixo delas. Quando esse
revestimento é removido, essas aves não conseguem mais boiar e se afogam.
Após algum tempo, esses resíduos de sabões são decompostos sob a ação
dos microrganismos que vivem no ambiente aquático. A esse processo damos o nome
de biodegradação.
Sabões são fabricados a partir de substâncias presentes na natureza viva
(os óleos e as gorduras) e existem muitos microrganismos capazes de
degradá-los. Todo sabão é biodegradável.
Já os detergentes sintéticos podem ou não ser biodegradáveis.
Experiências mostram que os detergentes de cadeia carbônica não-ramificada são
biodegradáveis, ao passo que os de cadeia ramificada não são. A legislação
atual exige que os detergentes sejam biodegradáveis.
Em certas regiões a água é rica em íons Ca2+ e/ou Mg2+.
Esse tipo de água é chamado de água dura. Nela, os sabões não atuam
de modo satisfatório, pois ocorre uma reação entre esses cátions e o ânion do
sabão, formando um precipitado (composto insolúvel). Isso pode diminuir ou até
mesmo anular completamente a eficiência da limpeza.
Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma
substância conhecida como agente sequestrante, cuja função é
precipitar os íons Ca2+ e Mg2+ antes que eles
precipitem o sabão. Um dos agentes sequestrantes mais usados é o tripolifosfato
de sódio Na5P3O10.
Há, no entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são
nutrientes de algas e, quando vão parar num lago, favorecem a proliferação
delas. Esse crescimento exagerado impede a entrada de luz solar; assim, as
algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer. Esse
apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte
dos peixes. Esse processo é chamado de eutrofizaçãodo lago (do
grego eu, “bem”, e trophein, “nutrir
Estequiometria da reação
77 H2O + 5NaCl + 17 KOH ------> 7
(CH3-(CH2)10-K)
TRABALHO REALIZADO POR: Amanda ,Ana Clara, Barbara e Milena
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