quarta-feira, 11 de novembro de 2015

DETERGENTE CASEIRO

Um pouco da história do sabão
As referências mais antigas aos sabões remontam ao início da Era Cristã. 0 sábio romano Plínio, o Velho T(Gaius Plinius Secundus, 23 ou 24-79 d.C), autor da célebre História natural, menciona a preparação de sabão a partir do cozimento do sebo de carneiro com cinzas de madeira. De acordo com sua descrição, o procedimento envolve o tratamento repetido da pasta resultante com sal, até o produto final. Segundo Plínio, os fenícios conheciam essa técnica desde 600 a.C. O médico grego Galeno (130-200 d.C.), que fez carreira, fama e fortuna em Roma, também descreve uma técnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e cinzas, apontando sua utilidade como medicamento para a remoção da sujeira corporal e de tecidos mortos da pele. O alquimista árabe Geber (Jabir Ibn Hayyan), em escrito do século VIII da Era Cristã, também menciona o sabão como agente de limpeza.
No século XIII, a indústria de sabão foi introduzida na França, procedente da Itália e da Alemanha. No século XIV, passou a se estabelecer na Inglaterra. Na América do Norte o sabão era fabricado artesanalmente até o século XIX. A partir daí surgem as primeiras fábricas. No Brasil, a indústria de sabões data da segunda metade do século XIX.
Dois grandes avanços químicos marcam a revolução na produção de sabões. Em 1791, Nicolas Leblanc (1742-1806) concluiu o desenvolvimento do método de síntese de barrilha (carbonato de sódio) a partir da salmoura (solução de cloreto de sódio). Michel Eugène Chevreul (1786-1889), entre 1813 e 1823, esclareceu a composição química das gorduras naturais. Assim, os fabricantes do século XIX puderam ter uma ideia do processo químico envolvido, bem como dispor da matéria-prima necessária
https://blu180.mail.live.com/ol/clear.gifhttps://blu180.mail.live.com/ol/clear.gifhttps://blu180.mail.live.com/ol/clear.gifhttps://blu180.mail.live.com/ol/clear.gifSaponificação
Uma vez que óleos e gorduras são ésteres, eles sofrem reação de hidrólise ácida ou básica. A hidrólise ácida produzirá simplesmente o glicerol e os ácidos graxos constituintes. Já a hidrólise básica produzirá o glicerol e os sais desses ácidos graxos. Pois bem, esses sais são o que chamamos de sabão.
Assim, aquecendo gordura em presença de uma base, realizamos uma reação química que produz sabão. Essa reação, a hidrólise básica de um triéster de ácidos graxos e glicerol, é chamada de saponificação.
óleo/gordura + base → glicerol + sabão
O uso de KOH no lugar de NaOH permite obter sabões potássicos, empregados, por exemplo, na fabricação de cremes de barbear.
Em muitas localidades do Brasil é comum, ainda hoje, encontrar pessoas que fazem o chamado sabão de cinza. Para fabricá-lo, deve-se ferver gordura animal (banha de vaca, por exemplo) ou vegetal (gordura de coco, por exemplo) junto com água de cinzas, também conhecida como lixívia. Após cerca de duas horas de fervura, está pronto o sabão de cinza. Esse processo é o mesmo usado em fábricas de sabão, sendo a cinza um substituto para o NaOH ou KOH. O caráter básico da água de cinza se deve à presença de carbonato de potássio (K2CO3), que reage com a água dando origem a íons OH.

Impacto ambiental de sabões e detergentes
Diariamente, sabões e detergentes usados nas residências atingem o sistema de esgotos e acabam indo parar em rios e lagos. Lá, com o movimento das águas, formam uma camada de espuma na superfície, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes.
As aves aquáticas também são muito prejudicadas com a poluição da água por sabões e detergentes. Elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e boiam na água graças à camada de ar que fica presa debaixo delas. Quando esse revestimento é removido, essas aves não conseguem mais boiar e se afogam.
Após algum tempo, esses resíduos de sabões são decompostos sob a ação dos microrganismos que vivem no ambiente aquático. A esse processo damos o nome de biodegradação.
Sabões são fabricados a partir de substâncias presentes na natureza viva (os óleos e as gorduras) e existem muitos microrganismos capazes de degradá-los. Todo sabão é biodegradável.
Já os detergentes sintéticos podem ou não ser biodegradáveis. Experiências mostram que os detergentes de cadeia carbônica não-ramificada são biodegradáveis, ao passo que os de cadeia ramificada não são. A legislação atual exige que os detergentes sejam biodegradáveis.
Em certas regiões a água é rica em íons Ca2+ e/ou Mg2+. Esse tipo de água é chamado de água dura. Nela, os sabões não atuam de modo satisfatório, pois ocorre uma reação entre esses cátions e o ânion do sabão, formando um precipitado (composto insolúvel). Isso pode diminuir ou até mesmo anular completamente a eficiência da limpeza.
Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma substância conhecida como agente sequestrante, cuja função é precipitar os íons Ca2+ e Mg2+ antes que eles precipitem o sabão. Um dos agentes sequestrantes mais usados é o tripolifosfato de sódio Na5P3O10.
Há, no entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são nutrientes de algas e, quando vão parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede a entrada de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer. Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes. Esse processo é chamado de eutrofizaçãodo lago (do grego eu, “bem”, e trophein, “nutrir
Estequiometria da reação
77 H2O + 5NaCl + 17 KOH ------> 7 (CH3-(CH2)10-K)



TRABALHO REALIZADO POR: Amanda ,Ana Clara, Barbara e Milena


domingo, 8 de novembro de 2015

IMPACTO NO MEIO AMBIENTE

Uma forma de diminuir o efeito estufa e a contaminação das águas A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado direto no lixo ou no ralo da pia pode contribuir para diminuir o aquecimento global. A decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera. O metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa, que contribui para o aquecimento da terra. Segundo ele, o óleo de cozinha que muitas vezes vai para o ralo pia acaba chegando no oceano pelas redes de esgoto. O óleo de cozinha que muitas vezes vai para o ralo pia acaba chegando no oceano pelas redes de esgoto.

 Em contato com a água do mar, esse resíduo líquido passa por reações químicas que resultam em emissão de metano. "Você acaba tendo a decomposição e a geração de metano, através de uma ação anaeróbica [sem ar] de bactérias".

Além disso, um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água - o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos.

No meio ambiente os sabões podem causar um processo conhecido como eutrofização, que gera grandes problemas para os corpos hídricos e a vida aquática. Outro problema é a alcalinidade excessiva de alguns sabões e a formação de espuma.

O primeiro deve-se ao sabão ter um pH mais elevado para sua eficácia na limpeza e, quando lançado no esgoto, pode contribuir para a alteração das características naturais da água do corpo receptor.

O segundo gera um problema na oxigenação da água, pois a espuma branca na superfície impede a passagem de luz, dificultando a fotossíntese. Por isso, sempre que possível, evite o uso do sabão, busque alternativas de limpeza com produtos caseiros e igualmente eficientes, como por exemplo o vinagre e o bicarbonato de sódio.

Sempre devemos dar preferência aos produtos que usam componentes renováveis. Quanto mais artesanal o produto, potencialmente menor a agressão ao meio ambiente. Os sabões comerciais encontrados no mercado são fabricados para serem baratos e para terem uma validade prolongada. Por conta disso, são adicionadas outras substâncias. Então, nada como fazer o próprio sabão. Assim, além de aproveitar o óleo velho usado de casa, ainda conseguimos usar um produto que temos certeza do que é feito e com menos aditivos, além de demandar menos do sistema de tratamento de esgoto.

O SABÃO


  • Como é feito o sabão 


O sabão e produzido por uma reação é uma reação entre um ácido graxo (gorduras e óleos de origem vegetal ou animal) com um material alcalino, isto é, de caráter básico. Normalmente, a base é o hidróxido de sódio (NaOH), que é conhecida como soda cáustica.. A reação química que produz o sabão é conhecida como saponificação. A gordura e as bases são hidrolisadasem água; os gliceróis livres ligam-se com grupos livres de hidroxila para formar glicerina, e as moléculas livres de sódio ligam-se com ácidos graxos para formar o sabão.

Os ingredientes utilizados são: 500ml de água, 1 litro de óleo de cozinha (coado), 250g de soda cáustica, Detergente e sabão em pó (a critério).

Modo de preparo : Coloque a água para ferver a aproximadamente 70º Celsius. Antes de levantar fervura, retire do fogo e adicione a água à soda cáustica( tomando precauções para não se machucar com a soda). Depois de misturados, os dois ingredientes, espere, sempre mexendo, até que a soda derreta. Depois de dissolvida, adicione o óleo de cozinha usado (deve ter nenhum resíduo no óleo).

Continue mexendo até a mistura ficar homogênea e um pouco mais grossa. A agitação do líquido deve ser feita entre 30 e 45 minutos, até que a mistura esteja um pouco mais grossa. Depois de pronto, despeje o produto em qualquer assadeira que tenha em casa e que esteja forrada com saco plástico. Leve para o sol e espere secar. Ele fica consistente em torno de dois dias.


  • Como surgiu o sabão 
O sabão surgiu de forma gradual, ao longo da história da humanidade, e sua produção é uma das atividades mais antigas realizadas pelo ser humano. Os primeiros registros de um material semelhante ao sabão atual foram encontrados em uma placa de argila de aproximadamente 2800 a.C., na região da antiga Babilônia, que hoje corresponde à região do Iraque. Assim, os primeiros sabões eram misturas de gorduras de animais (sebo), como o material graxo, com as cinzas de madeiras, que possuem substâncias alcalinas. Se não houvesse cinzas, evaporavam-se as águas de rios que costumavam ser alcalinas, como as águas do rio Nilo, no Egito.


A produção do sabão foi se desenvolvendo cada vez mais e ele passou a ser considerado um artigo de luxo nos séculos XV e XVI. Ele era produzido principalmente na França e na Itália.






GASTO E ESTQUIOMETRIA



  • Embalagem: PAPEL FILME R$ 5,30 + Adesivo R$ 3,50 
  • Reagentes: Soda Caustica R$12,60 + Óleo usado R$ 0,00 
  • Energia: R$ 0,00 
  • Tempo de trabalho: 2 dias R$ 8,00 
  • Total: R$ 29,40
  • Produziu 35 barras de sabão 
  • 12 de 100g = R$ 1,00 cada 
  • 12 de 150g= R$ 1,50 cada 
  • 11 de 200g = r$ 2,00 cada 
  • Total da venda R$ 52,00 
  • Lucro : R$ 22,60

  • Reação de Saponificação

Também denominada hidrólise alcalina, a reação de saponificação é um tipo de reação química que ocorre entre um éster e uma base inorgânica ou um sal básico, tendo como produtos finais um sal orgânico e um álcool. O nome saponificação se deve ao fato de que, quando se utiliza um éster derivado de um ácido graxo em reações desse tipo, produz-se o sabão, e já que a principal fonte natural de ácidos graxos são gorduras e óleos, suas hidrólises alcalinas são os principais processos aplicados à produção de sais de ácidos graxos, popularmente conhecidos como sabões. Resumidamente, temos:


  • EQUAÇÃO DA REAÇÃO 

                                                 
17C18H34O2   +   25NaOH +112H2O --------> C3H8O3   +   19C13H31-COONa



TIPOS DE SABÃO

  • SABÃO EM PEDRA

Os sabões são produzidos a partir da reação de gorduras e óleos com uma base (geralmente hidróxido de sódio ou de potássio), dando origem a um sal de ácido carboxílico, que é o sabão, e o glicerol, da família do álcool. Esse processo recebe o nome de saponificação. 

ÓLEO OU GORDURA + BASE --> GLICEROL + SABÃO


 No caso do sabão em pedra, o interessante é observar o tensoativo e as matérias-primas. Elas são biodegradáveis. Isso significa que o sabão pode ser degradado facilmente pela natureza por micro-organismos, mas não significa que ele não é poluente também. O glicerol (ou glicerina) proveniente da reação pode ou não ser retirado do produto final devido ao seu valor comercial. Mas quando está presente, ela garante uma hidratação maior para a pele. Sabões alcalinos são mais eficientes que os próximos da neutralidade. Seu poder de limpeza é maior devido ao aumento de interações que realizam com as partículas de sujeira que queremos remover. Por outro lado, a alcalinidade excessiva pode causar riscos. A sua fabricação requer cuidados com a base, pois ela é corrosiva, então deve-se utilizar equipamentos de segurança, como luvas, óculos e máscaras.Sempre devemos dar preferência para os produtos que usam componentes renováveis. Já comentamos o porquê desses cuidados e temos sempre que pensar que, quanto mais artesanal o produto, potencialmente menor a agressão ao meio ambiente. Então, nada como fazer o próprio sabão (saiba como aqui),assim, além de aproveitar o óleo velho usado de casa, ainda conseguimos usar um produto que temos certeza do que é feito com menos aditivos, sem contar que ele demanda menos trabalho do sistema de tratamento de esgoto.Outra vantagem dos sabões está no fato de eles agredirem menos a pele, pois possuem gorduras não saponificáveis, que a hidratam. Porém, os sabões em pedra têm menor poder tensoativo que os detergentes, por exemplo.


  • SABONETES


Como os sabões, o sabonete em barra é obtido pelo processo de saponificação com a utilização de gordura animal ou vegetal. Normalmente, é constituído de ácido esteárico.Como o produto é destinado ao contato com a pele, são adicionado óleos vegetais, como o óleo de coco, para permitir a hidratação. Outra substância que pode aparecer é a glicerina.Alguns sabonetes ainda contam com uma substância chamada lauril sulfato de sódio, responsável pela emulsificação de gorduras e por aumentar o poder de limpeza.Para o produto ser menos agressivo à pele, é corrigido o pH do sabonete, com a utilização de ácido cítrico ou ácido bórico, contudo, como dito anteriormente, isso pode afetar o poder de limpeza do mesmo.Existem sabonetes com diversas finalidades, que estão indicadas no rótulo do produto. Existem sabonetes bactericidas, infantis e de uso íntimo. Eles exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, informações de uso e restrições. Por isso, é sempre importante ficar atento às propagandas e embalagens dos produtos para verificar se os que necessitam de comprovação apresentam essas informações.Por fim, fragrâncias e corantes são adicionados para dar atratividade ao produto.


  • DETERGENTE
Assim como os sabões em pedra, os detergentes são substâncias constituídas por longas cadeias carbônicas (apolares) com um grupo polar em uma de suas extremidades. Normalmente são sais de ácidos sulfônicos. Da mesma forma que o sabão, o detergente é um tensoativo, como explicado anteriormente.No caso do detergente, os tensoativos sintéticos vêm do petróleo e podem ou não ser biodegradáveis, porém, por lei, no Brasil, todos os detergentes comercializados devem conter tensoativo biodegradável, desde 1982, de acordo com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).